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Critica | Star Wars: O Despertar da Força

Posted by Samuel Cassemiro on 1/07/2016 in , , , ,


Então a franquia de space-opera mais famosa do mundo, despertou de novo, trazendo rostos novos se juntando aos velhos. Com uma peso nas costas de J.J. Abrams, diretor e mega fã da franquia, aos que esperavam algo 'novo' e diferente podem se ver decepcionados. Mas, aqueles que apenas ansiavam por sentir pele a emoção de sua franquia favorita de volta, deve ter sido mais do suficiente.

Quando a Disney comprou a Lucas Film, foi um choro. A internet quebrou em duas partes, os megas empolgados porque, isso claramente confirmava novos filmes num futuro próximo e o povo que ficou de mimimi, com medo da Disney 'infantilizar' a franquia. Mas ai, a Disney atirou bala para cima e estourou o balão da festa. Star War iria ganha um nova trilogia, com personagens novos. Prequels, contato histórias sobre a origem dos personagens. Sim isso já deu merda, mas poxa, se você olhar para o trabalho que eles vem desenvolvendo com o Marvel's Cinematic Universe, é de encher o coração saber que algo próximo disso pode ocorrer com Star Wars.

Star Wars: O Despertar da Força foi anunciado a mais de dois anos e desde então pouca coisa liberada, os trailer não mostravam muito, o que foi um ponto bem legal da divulgação. De qualquer forma, o filme compre seu papel, com referencias, piadas, ação e um trilha saudosista sem deixar devendo nada para os fã da Trilogia Original.

Personagens.



Rey,o que dizer dessa mina que mal conheço mas já considero pakas. A atriz Daisy Ridley é linda e ótima. E diferente do Luke, ela é uma heroína que vai se entregando aos poucos para o seu destino, ela também é muito mais confiante e decidida que qualquer outro personagem. A não ser o BB-8, esse sim é mais esperto de toda a galaxia. Star Wars o Despertar da Força foi o primeiro grande projeto que se protagonizou, antes disso apenas pequenos papeis em filmes independentes.

O BB-8 vale mais do que toda a cidade natal de Jarjarbinks, a franquia de Star Wars sempre buscou trazer personagens que tivesse um apelo infantil. Nisso surgiu Jarjarbinks, deu muito errado. Desta vez, criaram um personagem carismático, excêntrico, inteligente e multi uso. Ele é o personagem mais sensato do filme todo. O mais legal é que o robô surgiu de ideias de fãs, que desenvolveram o projeto e apresentaram pra J.J. Abrams.


Finn ou FN-2187 é um stormtrooper desertor, faz as vezes de Han Solo, alivio cômico que não quer entrar no meio da treta entre Resistência e Primeira Ordem. Star Wars é primeiro filme hollywoodiano que John Boyega participa como um dos protagonistas, seu maior filme até então era o filme independente de scif-fic Ataque ao Prédio, onde acontece uma invasão alienígenas em um bloco habitacional no subúrbio de Londres. O ator recebeu várias nomeações pelo papel que fez no filme.

Em contraste com esses dois protagonista, interpretados por atores britânicos, temos Poe Dameron, um piloto de x-wing, interpretado pelo latino da Guatemala, Oscar Isaac. Ele vem atuando desde 2002, mas foi no filme de 2013, Inside Llewyn Davis que ele ganhou os holofotes com dezenas de nomeações de Melhor Ator em vários prêmios, inclusive no Globo de Ouro. Em 2015, além de atuar em Star Wars VII, ele também foi indicado por Melhor Ator Secundário, pelo thriller indie de sci-fic Ex Machina, e pela minissérie da HBO, Show me a Hero. Em 2016, ele será o vilão Apocalypse no próximo filme da franquia X-Men.

Os personagens clássicos da franquia, continuam perfeitos, envelhecidos e sofridos, pois muita coisa mudou nessas quase 30 anos após a queda do Império e nem tudo foi perfeito. A primeira cena, onde Han Solo e Chewie aparecem pela primeira vez, foi de arrancar suspiros, foi o primeiro elemento que fez o cinema inteiro, enfim acreditarem que estavam vendo uma sequencia de Star Wars.

Leia está tão, linda e maluca como sempre. E C3PO ainda que continua em pé no saco (mas do amor), também aqueceu os coração na cena de reencontra de Leia e Han Solo.


A Narrativa.

Luke Skywalker, surtou e sumiu do mapa. Nesse meio tempo, uma 'vertente' do Império se ascende, a Primeira Ordem, a General Leia, agora encarregada da Resistência trava uma luta contra a Primeira Ordem que ameaça a galaxia. Ela acredita que apenas com a ajuda de Luke, que está desaparecido a anos, que a Primeira Ordem poderá ser derrotada, assim ela envia Paul, um piloto de x-wing, atrás de pistas da localização de Luke.


Temos vários elementos narrativos, retirados diretamente do filmes anteriores da saga. Por exemplo:

Um robô carismático, acaba sendo encarregado de levar uma coisa secreta, que pode ajudar a derrotar o Lado Negro da Força. Esse robô, logo após receber essa coisa secreta, acaba em algum momento em um planeta deserto sozinho, é capturado por criaturas baixinhas e sucateiras. Mais tarde o robô é salvo pelo protagonista. Esse protagonista, foi deixado nesse mesmo planeta desértico por algum motivo, que ele mesmo não sabe. Mas ele vive bem, até que o robô acaba arrastando ele para uma aventura intergalática.


 Esse pequeno trecho, temos tanto em Episódio 4 e agora no 7. Veja bem eu não estou reclamando, eu apenas me senti em alguns momentos vendo um reboot da franquia. Eu sei que é tudo apelo da história emocional, deixar tudo mais unilateral. Mas, de qualquer forma essas semelhanças criam uma ligação no personagem. A gente começa a ver os personagens clássicos nos novos e isso cria uma emoção por trás, tão nostálgica.

A sequencia inicial no planeta de Jakku tem as melhores cenas e referencias de todo filme, E uso de efeitos práticos deixou o filme muito mais orgânico, não só efeitos como também criaturas práticas, duas grandes marcas da franquia Clássica.

Os furos


Bem, Star Wars é cheia de furos no roteiros, o próprio criador da saga, criou alguns deles, com Trilogia Preludio. E o Despertar da Força não podia ser diferente. E assim, a base Starkiller é linda, e coerente. Mas porra, o Império fez DUAS FUCKING ESTRELAS DA MORTE e nenhuma durou. E ai eles fazem uma outra. O vilão Kylo Ren é muito bom, as convicções dele lembram muito o Anakin, porem fazendo um sentido maior.

Mas, R2-D2 o robo que amamos muito desde sempre.  Em uma cena, BB-8 e C3PO estão conversando sobre R2, C3PO fala que R2 ficou desligado desde que Luke desapareceu. BB-8 insiste que deve ter algo que R2 tenha, que possa ajudar eles. C3PO diz que R2 não tem mais salvação. E assim, PORQUE DIABOS, ninguém retirou o HD/ou seja lá onde R2 armazena seus danos, e examinou? ERA O ROBO DO LUKE PORRA? Pois, o dialogo termina, bem no meio do filme. Ninguém faz nada. BB-8 é personagem mais sensato de lá. Pois bem após todos os perrengue, bem no final do filme, R2-D2 liga sozinho e mostra o que ele vem guardando a uns 20 anos que ninguém pensou em procurar.

De qualquer forma, Star Wars é assim, uma galaxia inteira cheia de coincidências e furos de roteiros e talvez esse seja um dos chames da franquia.

A trilha sonora foi um show, John Williams continua afinidade, ainda que tenha algumas pitadas da franquia Classica Williams renovou a sonoridade de Star Wars, tudo isso se deu pelo fato de que, o filme não se passa no espaço como nos filmes anteriores. E sim dentro de planetas. De qualquer forma, Williams trabalhou lindamente em cima dos landscapes de Star Wars, e cada nota nostálgica leva o espectador de volta pra franquia clássica.

A direção


J.J. Abrams, o menino de ouro de hollywood. Depois de trazer de volta outra franquia para os dias de hoje, Star Trek, Ele resolveu a adentrar no mundo de George Lucas.  O filme passou de mãos em mãos até que J.J. foi enfim anunciado. O que ele fez em Star Trek e em Star Wars foi algo tão respeitoso, algo que vemos que nenhum outro diretor talvez fosse capaz.  J.J. é adapto de filmes de rolo e não por outra razão que não seja a veracidade que o rolo de filme cria na tela do cinema, diferentes das câmeras digitais, que muitas vezes acaba estourando encima do CGI vs Efeitos Práticos. Nesse ponto, apenas duas coisinhas me tiraram do filme, que foram dois personagens, os unicos, em CGI de motion-cap, dentro tantos personagens aliens 'borrachudos' esses dois ficaram muito destoante do restante das criaturas.

O designe da franquia clássica retornou, tudo sujo, nada ergonômico. Sério, George Lucas estavam muito chapado quando desenvolveu o design da trilogia Prelúdio. Era tudo clean, redondo e brilhante, totalmente o oposto da franquia clássica.

O Despertar da Franquia


Após 30 anos e 3 filmes sofríveis, enfim Star Wars retornou aos eixos, cheio de personagens carismáticos, com atores competentes, uma história que promete muito. O primeiro filme, apenas foi uma apresentação, muita coisa foi deixada de lado para ser explicado nos próximos filmes, infelizmente, só em 2017. Porem,  nesse ano ainda teremos Star Wars Anthology: Rogue One, um prequel que irá contar como a Aliança Rebelde conseguiu os planos da primeira Estrela da Morte.

Star Wars: O Despertar da Força, é um filme nostálgico ao mesmo tempo novo para antiga e nova geração de fãs. Mesmo quem nunca viu os outros filme da franquia pode ir ver o Episódio VII sem problemas. Toda a produção do longa, estão de parabéns, eles conseguiram trazer Star Wars de volta pra a realidade, com efeitos lindos e set reais que dão uma profundidade enorme as cenas. Star Wars fechou o ano de 2015 com uma chave de sabre de luz.

Agora nos resta, especular e esperar pelo próximo capitulo da maior space-opera do mundo, deve sair em 2017.



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